quarta-feira, 19 de janeiro de 2011



Momento... Reflexão...
Do livro:Histórias para Aquecer o Coração das Mulheres
(Para pensar um pouco)

"Que lindo dia não é?

O dia já começou errado.Ela perdeu a hora, estava atrasada para o trabalho. Tudo que aconteceu no escritório contribuiu para deixá-la ainda mais nervosa.Quando chegou ao ponto de ônibus de volta para casa, estômago era um grande nó.
Como sempre, o ônibus estava atrasado- e cheio.Teve de ficar em pé no corredor. Oveículo chacoalhava e ela mal consegui se equilibrar, ficando ainda mais desanimada.
Até que ela ouviu uma voz que vinha da parte da frente do ônibus.Por causa do monte de gente, não podia ver o homem, mas podia ouvi-lo comentar o cenário de primavera, chamando atenção para cada ponto de referência que se aproximava.Esta igreja.Aquele parque. O cemitério. O corpo de bombeiros.Logo todos os passageiros estavam olhando pelas janelas. O entusiasmo do homem era tão contagiante que ela sorriu pela primeira vez naquele dia.
O ônibus chegou ao ponto em que ela deveria saltar. Tentando chegar à porta, deu uma olhada no "guia": um senhor mais velho, barba, usando um óculos escuros e carregando uma bengala fina e branca."


Muitas vezes ficamos enclausurados num tipo de bolha que criamos para talvez nos defender de tudo ou também para nos isolarmos do mundo... com os pensamentos em outros lugares, em outras pessoas...
Com isso deixamos de observar tudo aquilo que nos rodeia: as pessoas, os carros, os animais, as casas, os prédios...
É.Estamos cegos.É vergonhoso... se ainda usássemos óculos escuros para esconder o olhar de indiferença impregnado no fundo dos nossos olhos...
Eu sei.Não é sempre.Mas esse olhar existe dentro das nossas "janelas da alma".Não sei se com todo mundo.. talvez não.
Parar.Observar sem pensar.Sem julgar.
Uma criança mamando no peito da mãe... Cada pessoa que entra no ônibus... Um gato gordo deitado no jardim de uma casa... Um cheiro que lembra a infância em uma casa desconhecida.... Uma varanda aconchegante....Cumprimentar uma vózinha sentada numa cadeira de balanço....
São tantos detalhes....
Espero que as pessoas aprendam que essa "moda" , de esse tipo de óculos escuros, não tá com nada.Não torna ninguém melhor do que ninguém.Não te torna invísivel....


(Recomendo o livro)
Vem muito mais história por aí...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011


Porque nos tornamos professoras? -Roseli A. Cação Fontana
Esse é o nome do livro "light" que estou lendo... seria um livro de lazer mas ao mesmo tempo obrigatório.
Fiz essa pergunta pra " as tantas que existem" dentro de mim..Porque escolhi ser professora?
Será que eu escolhi.. ou... foi levada pelas circunstâncias?
Será que se escolhe essa profissão? Existe dom?
São muitas perguntas que talvez sejam respondidas com o passar do tempo... com o decorrer da carreira... com a experiência em "campo".. ou não... essas perguntas podem tornarem-se outras pergutas ainda mais intrigantes...
... nossa esse assunto vai dar muitos posts....
Mas para deixar um pouco para os próximos... colocarei aqui um pouco do que me chamou a atenção no livro.

"Não somos as missionárias- às vezes conseguimos nos lembrar disso- não somos lindas e chiques, não somos boazinhas, não demos enaão daremos conta de salvar a Humanidade ("Sem educação não há salvação"), sequer a humanidade dos alunos e de nós mesmas.Não somos o que o discurso moderno nos ensinou que deveríamos ser.E se não somos isso e se não temos nenhum reconhecimento social (para nao falar em salário) disso que somos dia-a-dia,concretamente, quem somos nós afinal?Todo mundo ajuda a construir uma certa imagem... mas quem mora nela somos nós." Eliane Marta Teixeira Lopes - De Helenas e de professoras

"Ora nos defrontamos com aspectos das professoras que tem sido e que temos produzidos, que nos ajudam a interpretar o vivido; ora nos deparamos com uma professora fictícia, idealizada, à qual nos procuram ajustar, convertendo-nos em uma máscara, o que torna impossível ver nossa face; ora o reflexo da nossa própria fisionomia é-nos negado."

"Vivendo os efeitos produzidos por esse jogo de olhares ( e de juízos), seja como aceitação, submissão ou como resistência, habitamos essas "faces", conferindo-lhes vida, materialidade, tornando-as parte constitutiva "do ser professor (a)" em nós."
...
To adorando o livro..
Continuarei postando para alguns ...nao sei quem , ler.